quinta-feira, 28 de junho de 2012

Andreas Maritano

no duelo da sorte
atando o vento
alguma poesia se esvai
formando poesia alguma

desvairadamente o mito
o rito selvagem. humour


a lira que chora
hipnotiza
de todas as nações

brejo do Hades


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Privataria

desenhando com palavras
por detrás dos sons
uma verdade estranha

uma voz prevalece
outra grita
mais outra tenta ficar

o som muda novamente
e o desenho também

Depois da prova

um francês carregado
de sotaque brasileiro
escrevia faltando uma letra

o sem sentido
é o sentido
uma vez por dia

de onde veio
ninguém quer saber
só querem justificar

domingo, 17 de junho de 2012

Nascimento

num espaço de desejos
bocas molhadas e geladas
mordem a compreensão

sem oxigênio
buscou novos ares
mas não achou
e criou o seu

fui levianamente conduzido
a um amor imortal